segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

TOBIA parte 1 - Liberdade, Verdade, Dom, Comunhão, Dignidade, Amor

Liberdade, verdade, dom, comunhão, dignidade, amor, pessoa, sentido: são temas continuamente encontrados nos escritos do Papa João Paulo II. Eles já estavam presentes mesmo antes dele se tornar Papa. Como Cardeal Karol Wojtila ele foi muito influente na elaboração de vários documentos do Concílio Vaticano II, principalmente em Gaudium et Spes – a Constituição Pastoral sobre a Igreja no Mundo Moderno – um documento que ele nunca mais cansou de citar em suas muitas encíclicas e cartas.

“O homem é a única criatura na terra a qual Deus desejou por si mesmo, e ele não pode encontrar-se completamente a não ser através de uma sincera entrega de si mesmo” (Gaudium et Spes 24).

Se desejamos ter uma vida plena de sentido, precisamos primeiramente conhecer a finalidade de nossa existência e para o que fomos criados. O Papa João Paulo II explorou o sentido de nossa existência na sua Teologia do Corpo, que consiste em 129 audiências gerais das quartas-feiras, pronunciadas por ele durante os seus primeiros cinco anos de pontificado.

Antes de sua eleição como Papa, João Paulo II escreveu um livro, chamado “Amor e Responsabilidade”. Nesse livro Karol Wojtyla apresentou a doutrina da Igreja sobre amor e sexualidade de um modo compreensível para o homem moderno. Wojtyla ressaltou a dignidade da pessoa e mostrou como é importante viver nossa sexualidade de um modo que sustente e afirme o valor da outra pessoa. De fato, quem ama de verdade nunca usará outra pessoa ou a tratará como meio para um fim.

Na sua Teologia do Corpo, João Paulo II aprofundou o sentido de ser uma pessoa humana, com base na Bíblia. Sendo pessoas com um corpo e alma, feitos à imagem e semelhança de Deus, encontramos o sentido da vida descobrindo o que significa ser imagem de Deus e o que nossos corpos tem a ver com isso. Não espelhamos a imagem de Deus apenas através do dom do livre-arbítrio, mas também sendo comunhão com os outros.

“Ser humano significa se chamado à comunhão interpessoal”. Por que? Porque o próprio Deus é uma comunhão de pessoas na Trindade. João Paulo II explicou, “O homem se torna ‘imagem e semelhança’ de Deus não apenas através de sua própria humanidade, mas também através da comunhão de pessoas que o homem e a mulher formam desde o princípio” (14 de nov. 1979).

Traduzido e adaptado do site: TOBIA – Theology of the Body International Alliance
Link para o artigo: http://www.tobia.info/essay_1.html