terça-feira, 3 de março de 2009

Descobrindo a verdade sobre o sexo

Por James Patrick Dillon

James em um curso sobre Teologia do Corpo


Sendo um rapaz de 18 anos, eu tenho, assim como muitos de minha idade, um interesse natural muito forte por sexo. Eu quero experimentá-lo, viver nele, compreendê-lo, e usufruí-lo. E quero fazer isso da maneira que me traga mais amor. Mas não quero só amor. Eu quero o verdadeiro amor. Quero dá-lo e recebê-lo. Acredito que esse é o desejo de todas as pessoas, do mais profundo do coração humano. E esse desejo se mostra de maneira sincera e cativante nos jovens.

Não é apenas na esfera das relações sexuais que esse desejo é sentido, mas em todo aspecto da existência humana. Mostra muito da natureza humana que o fogo sempre seja associado primeiramente com a vida, mas em segundo lugar, imediatamente a seguir, e sempre, com o amor. A um segue-se o outro. O fogo move e queima. Não podemos separar os dois. A vida sem amor seria apenas uma tortura.

Mas o sexo, claro, é uma chama das mais acesas no fogo humano. É um dos grandes cumes na montanha da vida e do amor humanos. É exatamente aqui, com o sexo, que eu e minha geração enfrentamos nossos piores problemas. Temos sido guiados erroneamente por muitos caminhos. Por um lado, uma parte numerosa e influente da sociedade secular nos diz que temos que ter sexo – ou seja, que podemos estar abertos ao amor e participar nele – sem estar abertos à vida. Recebemos, por palavras e ações, a mentira de que podemos dar calor sem antes sermos fogo. Como jovem, recebemos essa mentira quer desejemos ou não. Como jovens, estamos na base da montanha, e nos apontam para um pico errado.

Por outro lado, temos muitas pessoas religiosas bem intencionadas, que nos falam – como se fosse verdade – que temos que viver e agir sem dar calor, ou que temos que amar sem ser quente como o fogo. Esse homens e mulheres sinceros nos têm falado que sentimento, desejo e paixão são perigosos, especialmente se forem sexuais. Dizem que não podemos saber tudo sobre sexo, ou o que o mundo está dizendo sobre sexo, que não podemos viver no sexo, ao redor do sexo, com sexo, e, em um sentido limitado, para o sexo, sem cair em alguma forma de pecado ou escravidão. Esses homens e mulheres esqueceram, ou não acreditam mais na reconciliação entre dois mandamentos da Bíblia: “sejam prudentes como as serpentes, e inocentes como as pombas”. Somente sabendo toda a verdade, e sendo capaz de encarar todas as mentiras, e ainda assim permanecer inocentes é que podemos viver o mandamento de Cristo: “sede perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito”.

Então, eu e minha geração vivemos em uma tensão sexual, uma tensão existencial. Como jovem, essa tensão é aumentada. Vemos inimigos a cada esquina. Armadilhas a cada passo. Estamos cercados, esfomeados, desolados. O que devemos fazer? Em quem devemos acreditar?

Primeiramente, devemos aceitar o fato de que todas as conquistas humanas ao longo da história nasceram, em parte, do conflito. Então, devemos nos levantar, e procurar responder às questões levantadas no meio do redemoinho. E não é apenas o mundo que nos questiona. Deus também nos questiona, nos pergunta o que temos a dizer. E nossa resposta foi dada. João Paulo II, o Grande, falou por nós: Teologia do Corpo, Amor e Responsabilidade.

Esses escritos de João Paulo II são a Grande Esperança de nossa geração. Uma vez que a encontramos, não há mais como voltar atrás. Eu encontrei essa esperança e me convenci de que, por causa dela, e por causa do estado da minha geração, estamos vivendo o alvorecer de uma era de ouro. Mas esses trabalhos têm que ser encontrados. Mais e mais, por mais e mais pessoas, em mais e mais lugares. E eles devem ser encontrados de novo e de novo por cada indivíduo. Infelizmente, ainda são poucos os que tiveram esse encontro, e que podem levar essa esperança, fazendo mais pessoas a encontrarem.

O Theology of the Body Institute é um desses poucos. Christopher West está aí, vivo, e ardendo em desejo de levar isso adiante. Esses cursos me ensinaram muito acerca da verdade sobre a sexualidade e o amor. Por essas coisas rendo sempre graças. Obrigado a essas pessoas, e obrigado, Senhor Jesus Cristo, por enviar vosso Espírito Santo sobre a Igreja, e através dela, para o mundo todo; por avivar o fogo humano que sente tanta necessidade do amor, como fizeste no princípio, e portanto nos levando para o Fogo do Amor e da Vida Divina. A Ele a glória, a honra e o louvor pelos séculos dos séculos. Amém.

Traduzido do site: Theology of the Body Institute

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