sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!!!


Nesta noite de Natal, em que nos reunimos para celebrar a vinda de Deus entre nós, precisamos parar um pouco para contemplar esse maravilhoso mistério.

Muitas vezes a verdade e a beleza de Deus são tão estupendas que desistimos de entender. É nesse momento que nos voltamos para coisas que estão mais ao nosso alcance... ceia... presentes... e tudo mais...

Mas, apesar de serem mais fáceis de entender e estarem mais ao nosso alcance, no final do dia as caixas de presente e os pratos da ceia estarão vazios... A única coisa que vai permanecer no final de tudo é o mistério do Natal. O que vai permanecer no final é um Deus que se fez carne, e se revelou em um bebê envolto em panos. O Senhor do Universo poderia ter vindo a nós da maneira que quisesse. Ele escolheu essa maneira. Ele escolheu ser vulnerável. Afinal de contas, em última instância, isso é o amor: tornarmo-nos vulneráveis pelo bem do outro.

Então, que presentes devemos trazer para o aniversário do Rei dos Reis? Nós podemos cooperar com a graça naquilo que Ele mesmo deseja ardentemente para nós: que estejamos um dia unidos em sua pátria celeste.

Nesta noite de silêncio não encontramos um Deus zangado e vingativo. Encontramos, ao invés, um bebê, que deseja ser tomado nos nossos braços, para que possamos enchê-lo de beijos e carinhos.

E lá no fundo do nosso coração, invisível aos olhos, está o segredo mais feliz do Natal: que essa criança nos procurou e nos encontrou. Que um dia estávamos perdidos, e fomos achados.

Este é o grande presente que colocamos hoje aos pés da nossa árvore de Natal: voltar para a fonte da graça, o menino Jesus, e trazer alguém conosco.

De todo coração desejamos um Feliz Natal!
Deus os abençoe!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Nota da Congregação para a Doutrina da Fé

Sobre a banalização da sexualidade
A propósito de algumas leituras de «Luz do mundo»

Por ocasião da publicação do livro-entrevista de Bento XVI, «Luz do Mundo», foram difundidas diversas interpretações não correctas, que geraram confusão sobre a posição da Igreja Católica quanto a algumas questões de moral sexual. Não raro, o pensamento do Papa foi instrumentalizado para fins e interesses alheios ao sentido das suas palavras, que aparece evidente se se lerem inteiramente os capítulos onde se alude à sexualidade humana. O interesse do Santo Padre é claro: reencontrar a grandeza do projecto de Deus sobre a sexualidade, evitando a banalização hoje generalizada da mesma.

Algumas interpretações apresentaram as palavras do Papa como afirmações em contraste com a tradição moral da Igreja; hipótese esta, que alguns saudaram como uma viragem positiva, e outros receberam com preocupação, como se se tratasse de uma ruptura com a doutrina sobre a contracepção e com a atitude eclesial na luta contra o HIV-SIDA. Na realidade, as palavras do Papa, que aludem de modo particular a um comportamento gravemente desordenado como é a prostituição (cf. «Luce del mondo», 1.ª reimpressão, Novembro de 2010, p. 170-171), não constituem uma alteração da doutrina moral nem da praxis pastoral da Igreja.

Como resulta da leitura da página em questão, o Santo Padre não fala da moral conjugal, nem sequer da norma moral sobre a contracepção. Esta norma, tradicional na Igreja, foi retomada em termos bem precisos por Paulo VI no n.º 14 da Encíclica Humanae vitae, quando escreveu que «se exclui qualquer acção que, quer em previsão do acto conjugal, quer durante a sua realização, quer no desenrolar das suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação». A ideia de que se possa deduzir das palavras de Bento XVI que seja lícito, em alguns casos, recorrer ao uso do preservativo para evitar uma gravidez não desejada é totalmente arbitrária e não corresponde às suas palavras nem ao seu pensamento. Pelo contrário, a este respeito, o Papa propõe caminhos que se podem, humana e eticamente, percorrer e em favor dos quais os pastores são chamados a fazer «mais e melhor» («Luce del mondo», p. 206), ou seja, aqueles que respeitam integralmente o nexo indivisível dos dois significados – união e procriação – inerentes a cada acto conjugal, por meio do eventual recurso aos métodos de regulação natural da fecundidade tendo em vista uma procriação responsável.

Passando à página em questão, nela o Santo Padre refere-se ao caso completamente diverso da prostituição, comportamento que a moral cristã desde sempre considerou gravemente imoral (cf. Concílio Vaticano II, Constituição pastoral Gaudium et spes, n.º 27; Catecismo da Igreja Católica, n.º 2355). A recomendação de toda a tradição cristã – e não só dela – relativamente à prostituição pode resumir-se nas palavras de São Paulo: «Fugi da imoralidade» (1 Cor 6, 18). Por isso a prostituição há-de ser combatida, e os entes assistenciais da Igreja, da sociedade civil e do Estado devem trabalhar por libertar as pessoas envolvidas.

A este respeito, é preciso assinalar que a situação que se criou por causa da actual difusão do HIV-SIDA em muitas áreas do mundo tornou o problema da prostituição ainda mais dramático. Quem sabe que está infectado pelo HIV e, por conseguinte, pode transmitir a infecção, para além do pecado grave contra o sexto mandamento comete um também contra o quinto, porque conscientemente põe em sério risco a vida de outra pessoa, com repercussões ainda na saúde pública. A propósito, o Santo Padre afirma claramente que os preservativos não constituem «a solução autêntica e moral» do problema do HIV-SIDA e afirma também que «concentrar-se só no preservativo significa banalizar a sexualidade», porque não se quer enfrentar o desregramento humano que está na base da transmissão da pandemia. Além disso é inegável que quem recorre ao preservativo para diminuir o risco na vida de outra pessoa pretende reduzir o mal inerente ao seu agir errado. Neste sentido, o Santo Padre assinala que o recurso ao preservativo, «com a intenção de diminuir o perigo de contágio, pode entretanto representar um primeiro passo na estrada que leva a uma sexualidade vivida diversamente, uma sexualidade mais humana». Trata-se de uma observação totalmente compatível com a outra afirmação do Papa: «Este não é o modo verdadeiro e próprio de enfrentar o mal do HIV».

Alguns interpretaram as palavras de Bento XVI, recorrendo à teoria do chamado «mal menor». Todavia esta teoria é susceptível de interpretações desorientadoras de matriz proporcionalista (cf. João Paulo II, Encíclica Veritatis splendor, nn.os 75-77). Toda a acção que pelo seu objecto seja um mal, ainda que um mal menor, não pode ser licitamente querida. O Santo Padre não disse que a prostituição valendo-se do preservativo pode ser licitamente escolhida como mal menor, como alguém sustentou. A Igreja ensina que a prostituição é imoral e deve ser combatida. Se alguém, apesar disso, pratica a prostituição mas, porque se encontra também infectado pelo HIV, esforça-se por diminuir o perigo de contágio inclusive mediante o recurso ao preservativo, isto pode constituir um primeiro passo no respeito pela vida dos outros, embora a malícia da prostituição permaneça em toda a sua gravidade. Estas ponderações estão na linha de quanto a tradição teológico-moral da Igreja defendeu mesmo no passado.

Em conclusão, na luta contra o HIV-SIDA, os membros e as instituições da Igreja Católica saibam que é preciso acompanhar as pessoas, curando os doentes e formando a todos para que possam viver a abstinência antes do matrimónio e a fidelidade dentro do pacto conjugal. A este respeito, é preciso também denunciar os comportamentos que banalizam a sexualidade, porque – como diz o Papa – são eles precisamente que representam a perigosa razão pela qual muitas pessoas deixaram de ver na sexualidade a expressão do seu amor. «Por isso, também a luta contra a banalização da sexualidade é parte do grande esforço a fazer para que a sexualidade seja avaliada positivamente e possa exercer o seu efeito positivo sobre o ser humano na sua totalidade» («Luce del mondo», p. 170).

Fonte: Bollettino

domingo, 12 de dezembro de 2010

Para Refletir

Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: “Tenho algo importante para te dizer”. Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: “Por quê?”

Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou “você não é homem!” Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouvi-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.

Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. “Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio” ,disse Jane em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo “O papai está carregando a mamãe no colo!” Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho “Não conte para o nosso filho sobre o divórcio” Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.



No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse “Todos os meus vestidos estão grandes para mim”. Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso… ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração….. Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse “Pai, está na hora de você carregar a mamãe”. Para ele, ver seu pai carregando sua mãe todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: “Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo”.

Eu não consegui dirigir para o trabalho…. fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia…Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela “Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar”.

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa “Você está com febre?” Eu tirei sua mão da minha testa e repeti “Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouvi-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: ”Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe”.

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama – morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio – e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!

Autor desconhecido, retirado da internet
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Fonte: http://centrodafamiliacj.wordpress.com/2010/10/05/para-refletir/

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Minha namorada às vezes fica zangada comigo porque eu olho para outras garotas. O que devo fazer?

Por Jason Evert (www.castidade.com)

É compreensível que você se sinta atraído por mulheres atraentes. Esse é o modo com que Deus nos fez. Mas quando nos comprometemos com uma mulher, precisamos usar nossa força de vontade para manter nossos olhos (e nosso coração e mente) para aquela que escolhemos, por respeito a ela. Isso nem sempre é fácil, considerando a maneira com que a maioria das garotas se veste hoje em dia. Mas é sempre possível. Comece deixando de olhar para outras garotas quando sua namorada não estiver com você, e será mais fácil ter controle sobre seus olhos quando sua namorada estiver ao seu lado.



Quando você fixa o olhar em outra mulher, é como se você estivesse dizendo para sua namorada que ela não é o bastante para você. Pode ser que você nem se sinta assim, mas é a mensagem que você passa. Apenas imagine como você se sentiria se ela estivesse sempre olhando e admirando outros rapazes. Para mostrar seu amor por ela, mantenha os olhos nela. Se você vislumbrar uma mulher bonita, volte sua atenção para sua namorada. Quando for sair para um restaurante com ela, sente-se na cadeira voltada para a parede, para que ela saiba que sua atenção está nela e não naquela bonita garçonete que passa ao lado. São esses pequenos desafios em um relacionamento que provam seu amor...

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Traduzido de:
http://www.chastity.com/chastity-qa/how-stay-pure/purity-relationships/my-girlfrien-0

sábado, 4 de dezembro de 2010

E beijo de língua? Tá tudo bem? Todo mundo me diz uma coisa diferente...

Por Jason Evert (www.castidade.com)

Quando se fala de pecados de impureza, muitas pessoas pensam: “Se é um pecado mortal, então eu não quero. Mas se for só pecado venial, então não quero perder!”. Precisamos deixar de lado essa idéia minimalista que se foca em “até onde podemos ir sem ofender a Deus”. Mesmo o menor pecado divide, enquanto a pureza faz nascer o verdadeiro amor. Elizabeth Elliot escreveu em seu livro Passion and Purity: “Como posso falar de alguns beijos imprudentes para uma geração que cresceu sendo ensinada que quase todo mundo vai pra cama com todo mundo? Daqueles que vagueiam no mar da permissividade e dos excessos, será que existe alguém que ainda olhe para o céu em busca do farol da pureza? Se eu não acreditasse que existe alguém assim, sequer me importaria em escrever.” [1]


Eu costumava ter como certo que todo mundo sabia que beijo de língua é sexualmente excitante, especialmente para um rapaz. Mas eu tenho encontrado mulheres que se mostram surpresas quando descobrem que um homem fica sexualmente excitado por um beijo ardente (ou antes dele). O beijo de língua é profundamente unitivo, já que a penetração de uma pessoa dentro de outra é parte daquele “tornar-se um” com ele ou ela fisicamente. Esse beijar ardente e sensual diz para o corpo de um homem que este deve se preparar para o ato sexual, e quando um homem fica excitado, geralmente ele não fica satisfeito enquanto não atinge o ápice.

Portanto, o beijo de língua provoca o corpo com desejos que não podem ser moralmente satisfeitos fora do casamento. Para o casal que está guardando o sexo para o casamento, o beijo de língua é como um garoto de quinze anos sentado no carro, na saída da garagem, só acelerando o carro estacionado, porque sabe que não tem carteira de motorista.

Eu acredito que o problema moral com beijo de língua é mais difícil de ser entendido pelas garotas, porque elas tendem a se excitar sexualmente de uma maneira mais gradual do que os rapazes. Se a excitação de uma mulher pode ser comparada com um ferro de passar esquentando pouco a pouco, a de um rapaz poderia ser comparada com o acender quase instantâneo de uma lâmpada elétrica. As reações sensuais em um rapaz tendem a ser mais imediatas, e quando a chama da excitação sexual se acende, um homem geralmente quer ir além.

Ele pode até se contentar por uns tempos somente com os beijos. Mas quando um casal tem episódios recorrentes de “amassos” ardentes, e tentam estabelecer os limites nesse ponto, uma das duas coisas vai acontecer: ou os limites originais vão desaparecer, ou então a frustração vai tomar conta de tudo. No primeiro caso, a excitação sexual vai se tornar rotina, e o casal vai começar a justificar novas formas de intimidade física. Talvez eles consigam parar na primeira, na segunda ou na terceira vez, mas gradualmente os antigos limites vão cedendo, porque eles começam a experimentar esse poder intoxicante de ligação que Deus reservou para os cônjuges no casamento.

No segundo caso, um dos dois poderá acabar ouvindo a mesma coisa que essa garota ouviu: “Meu namorado e eu não passávamos de uns 'amassos', mas recentemente ele me perguntou depois que nos beijamos: ‘Você nunca se sente... entediada? Nunca enjoa disso?’”

Frequentemente eu recebo e-mails de casais abstinentes que dizem que realmente se amam e querem permanecer na pureza, mas continuam sempre caindo de novo e de novo nos mesmos pecados sexuais. Eles estimularam esses desejos, e descobriram que eles não são facilmente controlados, uma vez despertos. Esses casais querem ficar em cima do muro, e manter alguma intimidade sexual ao mesmo tempo em que evitam ir “muito longe”. Mas eles estão descobrindo que homem e mulher não foram feitos para funcionar desse modo. A pureza angelical é mais fácil de se viver do que apenas 50% de pureza, porque você não está constantemente provocando a si mesmo.

Entretanto, algumas pessoas dizem que beijo de língua não é lá esse problema todo, e que não tem muita importância. Mas será que não existe algo em você que gostaria que esses beijos significassem algo? Quanto mais damos de nós mesmos, tanto menos valorizamos o dom do nosso corpo e de todo o nosso ser (e as pessoas respondem nos tratando com menos respeito também).



Pergunte a si mesmo o que valem seus beijos. Será que eles são uma maneira de retribuir a um rapaz por uma noite bacana? Será que eles são uma solução para o tédio em um namoro? Será que eles são um modo de encobrir as dores ou a solidão? E pior, será que eles são apenas por pura “diversão”? Se a resposta para qualquer uma dessas perguntas for um sim, então já esquecemos o propósito de um beijo, e o significado da intimidade. Portanto, não trate partes de sua sexualidade como “sem importância”. Todo seu corpo é de uma importância infinita, e isso inclui seus beijos. Quando percebemos isso, o mais simples dos beijos passa a ter um valor inestimável, “não tem preço”, e traz mais proximidade e alegria do que 100 “ficas” ou encontros sexuais casuais.


O que acontece com o jovem bem intencionado é que a intimidade inicial e a excitação de um beijo se enfraquece quando ele ou ela começa a dar esses beijos indiscriminadamente, como quem aperta uma mão. O significado profundo dos simples atos de afeição lentamente se perde. O mundo gosta de nos dizer que estamos ficando mais “habilidosos” no namoro, mas na verdade estamos apenas nos tornando insensíveis.

Então, antes de fazer tudo de novo, pense em guardar a paixão ardente para seu esposo ou esposa. Não apenas sua pureza será um dom e presente para seu cônjuge, ela vai fazer a afeição dele ou dela mais única para você também. No longo prazo isso vai unir os dois muito mais do que todas as “experiências” que o mundo recomenda que você tenha antes de se casar.

No colégio, eu não pensava duas vezes antes de dar esse tipo de beijo. Meu pensamento era que outras pessoas estavam fazendo coisas piores, então não tinha muito problema o que eu fazia. Agora eu desejaria ter guardado esses beijos para minha esposa, ao invés de distribuí-los por aí com garotas que nunca mais vi de novo depois que terminou o tempo de colégio. Mas na época eu não pensava no futuro. Eu apenas via meus colegas de sala e achava que esse era o modo como as coisas eram. Quando meus relacionamentos amadureceram e se aprofundaram, e eu comecei a rezar por eles, eu deixei esse tipo de beijo de lado, porque ele sempre acendia o desejo de ir além. Ele também estava levando os outros aspectos do relacionamento a um segundo plano. Eu sabia no meu coração que não poderia dizer com segurança que esse tipo de intimidade estava agradando a Deus.

Então eu tive uma conversa com uma namorada no começo de um relacionamento, e nós concordamos em fazer esse sacrifício. Isso foi uma grande bênção, e eu imediatamente pude ver como o relacionamento era mais santo e cheio de alegria. Nós nunca éramos perfeitos, mas pela primeira vez eu vi que, quanto mais beijos ardentes havia no relacionamento, menos havia de qualquer outra coisa. Isso foi uma coisa que não pude entender enquanto não experimentei.

Eu encorajo você a dar uma chance, tentar. Deixe de lado os beijos de língua nos namoros, e guarde-os para o casamento. Mantenha a afeição simples. Se é muito difícil para você aceitar isso, então tenha a honestidade de se perguntar porque. Se você não pudesse dar um beijo de língua no seu namorado, isso iria impedir sua capacidade de amá-lo? Será que, deixando de dar um beijo de língua em sua namorada, isso vai impedir sua capacidade de glorificar a Deus ou de levá-la para o céu? O quanto nossas intenções estão direcionadas para nossa gratificação pessoal, e o quanto estão direcionadas para a glorificação de Deus?

Falando em termos simples, a moralidade sexual diz respeito a glorificar Deus com nosso corpo. O modo com que você usa sua sexualidade deve refletir seu amor por Deus e deve expressar o amor de Deus para os outros. Se uma área parece cinzenta, então não entre nela. Faça apenas as coisas que você seguramente sabe que glorificam a Deus.

Se você tem dificuldades nesse assunto, leve isso para a oração. Se você deseja verdadeiramente conhecer a vontade de Deus com relação à pureza, eu sei que Ele vai lhe mostrar. Você tem só que ficar com Ele o tempo suficiente para ouvi-lo. Com certeza, isso é difícil, mas o amor está pronto a sacrificar grandes coisas, bem como as pequenas, pelo bem da pessoa amada.

É cada vez mais comum eu ouvir casais que guardam seu primeiro beijo para o dia do casamento. À primeira vista isso pareceu loucura para mim, mas então eu percebi que eles não estavam evitando os beijos porque achavam que era pecado ou porque não conseguiam se controlar, mas sim porque eles estimavam tanto, viam tanto valor em um simples beijo, que eles desejavam que Deus e o mundo testemunhassem o seu primeiro. Seu primeiro beijo poderia ser oferecido como uma oração.

Com tudo isso que foi dito, não devemos ficar presos em saber o quão próximos podemos chegar do pecado. Quando nossos corações estão bem com Deus, estamos preocupados com o que é verdadeiramente puro, e em como podemos glorificar a Deus com nossos corpos. Queremos que cada um de nossos atos de afeição seja um reflexo do fato de que Deus vem em primeiro lugar em nossas vidas. Enquanto não chegarmos a esse ponto, teremos dias muito difíceis tentando discernir entre o que é amor e o que é luxúria.

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[1]. Elisabeth Elliot, Passion and Purity (Grand Rapids, Mich.: Revell, 1984), 131.

Traduzido de: http://www.chastity.com/chastity-qa/how-far-too-far/kissing/french-kissing-bad-every

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Às mulheres que já abortaram


«Um pensamento especial quereria reservá-lo para vós, mulheres, que recorrestes ao aborto. A Igreja está a par dos numerosos condicionalismos que poderiam ter influído sobre a vossa decisão, e não duvida que, em muitos casos, se tratou de uma decisão difícil, talvez dramática. Provavelmente a ferida no vosso espírito ainda não está sarada. Na realidade, aquilo que aconteceu, foi e permanece profundamente injusto.

Mas não vos deixeis cair no desânimo, nem percais a esperança. Sabei, antes, compreender o que se verificou e interpretai-o em toda a sua verdade. Se não o fizestes ainda, abri-vos com humildade e confiança ao arrependimento: o Pai de toda a misericórdia espera-vos para vos oferecer o seu perdão e a sua paz no sacramento da Reconciliação.

A este mesmo Pai e à sua misericórdia, podeis com esperança confiar o vosso menino. Ajudadas pelo conselho e pela solidariedade de pessoas amigas e competentes, podereis contar-vos, com o vosso doloroso testemunho, entre os mais eloquentes defensores do direito de todos à vida. Através do vosso compromisso a favor da vida, coroado eventualmente com o nascimento de novos filhos e exercido através do acolhimento e atenção a quem está mais carecido de solidariedade, sereis artífices de um novo modo de olhar a vida do homem.»

(João Paulo II, Evangelium Vitae)

O aborto destrói as mulheres psicologicamente

A diretora do Instituto para a Reabilitação da Mulher e a Família (Irma), Mari Carmen Alva, advertiu que o aborto destrói psicologicamente as mulheres já que esta prática anti-vida constitui um forte gerador de estresse e causa uma série de desordens mentais como o síndrome pós-aborto e a depressão.

A perita fez esta precisão na comemoração dos 10 anos da instituição que dirige, a única no México que com limitados recursos econômicos se dedica a tratar a mulheres que passaram pelo trauma do aborto ou que optaram por não exercer sua maternidade.



Alva comenta que “muitas mulheres que abortaram estão mortas em vida, são mulheres que pelo grau de afetação física e psicológica, são mortas viventes. Quando lhes brinda atenção para o síndrome pós-aborto, a todas essas mulheres devolve a vida. São mulheres que voltam a nascer”.

No IRMA, explica Mari Carmen Alva, uma equipe de profissionais da saúde, psicólogas, terapeutas, entre outras, atendem mulheres que sofreram um aborto e em ocasiões este acompanhamento se estende a casais e/ou famílias.

Depois de denunciar que apesar de ter despenalizado o aborto, o Distrito Federal do México não atende as mulheres que padecem a síndrome pós-aborto condenando-as a “padecer em silêncio as conseqüências”, Alva explica alguns dos transtornos mentais que gera esta prática anti-vida.

Segundo os critérios do Manual Diagnóstico Psiquiátrico (DSM-IV), o transtorno depressivo maior, que padece 7 de cada 10 mulheres que passaram pela lamentável experiência de um aborto, caracteriza-se por um estado de ânimo deprimido prolongado que incapacita e que se expressa em tristeza profunda (73 por cento), sentimentos de vazio (63 por cento), transtornos freqüentes de sono (48 por cento), falta de concentração em suas atividades, irritabilidade constante (63 por cento) e idéias suicidas pela dor e tristeza (39 por cento).

Isso gera que quase se triplique o índice de tentativas de suicídio passando de 4 para 11 por cento, além de que dificultam severamente as relações sociais e trabalhistas, provocando o abandono de estudos ou trabalho quase na metade das pacientes.

Mari Cardem Alva e sua instituição alentam as autoridades locais e federais a não fechar os olhos para esta problemática e brindar atenção médica gratuita às mulheres que passaram pela dolorosa prática de um aborto.

Não podem “condená-las a padecer o aborto em silêncio, pois a ferida apenas se fará mais profunda”, concluiu.
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Retirado de: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/18915-o-aborto-destroi-as-mulheres-psicologicamente-adverte-perita-mexicana