segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

"O amor vive de gratuidade, de sacrifício de si, de perdão e de respeito pelo outro."

"O amor vive de gratuidade, de sacrifício de si, de perdão e de respeito pelo outro."

"... cada amor humano é sinal do Amor eterno que nos criou, e cuja graça santifica a escolha de um homem e de uma mulher em dar-se reciprocamente a vida no matrimônio. Vivais esse tempo do namoro na expectativa confiante de tal dom, que é acolhido percorrendo uma estrada de consciência, de respeito, de atenções que não deveis nunca ferir: somente nessa condição a linguagem do amor permanecerá significativa também ao passar dos anos. Educai-vos, pois, desde agora à liberdade da fidelidade, que leva a se proteger reciprocamente, até viver um pelo outro. Preparai-vos para escolher com convicção o "para sempre" que conota o amor: a indissolubilidade, antes que condição, é dom a ser desejado, pedido e vivido, para além de todas as mutáveis situações humanas. E não pensais, segundo uma mentalidade difusa, que a convivência seja garantia para o futuro. Queimar as etapas leva a "queimar" o amor, que, ao contrário, tem necessidade de respeitar os tempos e a gradualidade nas expressões; tem necessidade de dar espaço a Cristo, que é capaz de tornar um amor humano fiel, feliz e indissolúvel. A fidelidade e a continuidade do vosso querer-vos bem vos tornarão capazes também de ser abertos à vida, de serem pais: a estabilidade da vossa união no Sacramento do Matrimônio permitirá aos filhos que Deus desejar vos dar crescer confiantes na bondade da vida. Fidelidade, indissolubilidade e transmissão da vida são os pilares de cada família, verdadeiro bem comum, patrimônio precioso para toda a sociedade. Desde agora, fundai sobre tudo isso o vosso caminho rumo ao matrimônio e testemunhai-o também aos vossos coetâneos: é um serviço precioso! Sejais gratos a quantos, com compromisso, competência e disponibilidade vos acompanham na formação: são sinal da atenção e do cuidado que a comunidade cristã vos reserva. Não sejais sós: busqueis e acolheis por primeiro a companhia da Igreja."

(Papa Bento XVI)